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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Foxconn: TV americana traz novas informações sobre as condições de trabalho na fábrica da Apple


Reprodução
Foxconn

Após denúncias de que a Foxconn violava leis trabalhistas e a Apple era conivente com a situação, a ABC decidiu investigar o assunto. Nesta terça-feira (21/01), a emissora norte-americana exibiu, durante o programa Nightline, um vídeo que mostra como são feitos os iPhones e iPads na planta chinesa. O apresentador Bill Weir acompanhou, junto da associação trabalhista FLA (Fair Labor Association), todas as etapas da cadeia de produção dos dispositivos da Apple e descobriu algumas informações até então desconhecidas.

De acordo com o vídeo, a maioria dos funcionários são bastante novos, cerca de 18 anos, e montam os aparelhos praticamente a mão. Um iPad, por exemplo, leva cinco dias para ser feito e precisa de cerca de 325 pares de mãos para ser finalizado. Já um iPhone possui 141 etapas no processo de produção e necessita de ainda mais mãos.

A matéria também mostra que os funcionários trabalham em turnos de 12 horas e a maioria deles vive em dormitórios dentro da própria fábrica, onde precisam pagar US$ 17,50 por mês para dividir um quarto com mais sete pessoas. O salário também não é dos melhores: US$ 1,78 por hora, sendo que a cada refeição os funcionários precisam pagar US$ 0,70 por um prato de comida.

Paralelamente à matéria da ABC, o site Apple Insider publicou nesta quarta-feira (22/03) um novo rumor sobre as condições de trabalho da companhia. De acordo com o site, alguns funcionários menores de idade (16 e 17 anos) foram escondidos na fábrica antes da visita da FLA e da ABC. Dois funcionários afirmaram que a Foxconn estava preparada para receber a fiscalização e, portanto, tomou algumas precauções. Além disso, as fontes disseram que alguns funcionários puderam fazer três pausas no trabalho durante a visita da FLA, quando, normalmente, só poderiam descansar uma vez ao dia.

Para piorar a situação da Foxconn, na semana passada, outros rumores, publicados pelo site Motherboard, apontaram que a montadora chinesa "obriga" os estudantes a trabalhar em suas fábricas. Segundo o site, estudantes que arranjam emprego na fábrica deveriam ter moradia, comida e ajuda de custos equivalente à metade do salário de um empregado "efetivo".

Entretanto, a realidade é bem mais obscura. De acordo com a SACOM (Scholars Against Corporate Misbehavior, uma associação acadêmica que critica a Foxconn) o número de 180 mil estagiários é uma mentira criada pela própria fábrica - o quadro real seria próximo de 430 mil ou um terço da mão de obra de 1,3 milhão de empregados da empresa. A história vai além: estagiários da Foxconn devem trabalhar em regime efetivo, mas sem a compensação salarial de um empregado dessa categoria.

Veja a matéria da ABC abaixo.

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