Celulares inteligentes somaram quase 490 milhões, contra cerca de 415 milhões de computadores pessoais
Foto: Getty Images
Muito se fala sobre a era pós-PC, mas alguns analistas acreditam que este momento pode já ter chegado. Isso porque, em 2011, a produção de smartphones ultrapassaram as de computadores pessoais. De acordo com estudo do Canalys, outro marco em 2011 sinaliza para uma mudança no segmento: a Apple foi a maior produtora de PCs do mundo, se incluídos na categoria os tablets como o iPad, segundo o TechCrunch.
Em 2011, foram fabricados 487,7 milhões de smartphones, segundo a Canalys (491,4 milhões de acordo com o IDC), enquanto o total de desktops (112,4 milhões), notebooks (209,6 milhões), netbooks (29,4 milhões) e tablets somaram 414,6 milhões. Foram 63,2 milhões de "pads", como o instituto de análise classifica os tablets, o que significa que 15% dos PCs fabricados no ano foram do segmento, quase todos do iPad da Apple. As estatísticas do quarto semestre são ainda mais expressivas, com os tablets representando 22% dos PCs fabricados.
Os últimos três meses do ano também marcaram o momento em que a Apple se tornou a maior marca de PCs, graças ao iPad, com 15 milhões de tablets e 5 milhões de Mac fabricados, ou 17% dos 120 milhões de PCs do período. A HP, até então líder, ficou em segundo lugar, seguida de Acer, Dell e Lenovo.
O segmento do iPad e do Samsung Galaxy Tab cresceu 274,2% em relação a 2010. Mais do que crescerem enquanto nicho, foram os tablets que impulsionaram a venda de PCs no geral: se eles entram nas contas, o crescimento foi de 16% na comparação com o ano anterior. Sem eles, a fabricação de PCs declinou 0,4% no contraste entre 2010 e 2011.
Os números indicariam que o tablets serão as opções de computador pessoal antes dos notebooks - que representam o segundo segmento de PCs mais produzidos. Se não forem tablets, serão smartphones, que também são - estritamente falando - computadores pessoais, computadores de bolso.
Os telefones inteligentes deixaram de ser um "segmento de nicho entre celulares topo de linha para se tornar, realmente, um produto voltado ao mercado de massa", segundo o relatório do Canalys. A Apple aparece mais uma vez como uma das pivôs, registrando fabricação de 37 milhões de iPhones no quatro trimestre do ano, a maior produção de uma única marca em três meses.
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