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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Vazam conversas dos planos de Mark Zuckeberg aos 19 anos para o Facebook


Divulgação
Mark Zuckerberg
Um dos assuntos mais comentados nas últimas duas semanas, sem dúvida, é o pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do Facebook, que pode passar a valer entre US$ 75 e US$ 100 milhões. Isso tudo sem contar os mais de 850 milhões de usuários cadastrados na rede, onde pelo menos metade desse número acessa o site com frequência.

Mark Zuckerberg, o fundador da rede social, ainda estudava na Universidade Harvard (Estados Unidos) quando resolveu, junto com Dustin Moskovitz, Chris Hughes e o brasileiro Eduardo Saverin, fundar um site de relacionamento para os estudantes do campus. Na teoria, isso foi retratado no premiado filme "A Rede Social", em 2011, que contou um pouco da história da criação do Facebook.

Mas, durante as primeiras anotações no papel, reuniões e outros encontros de Zuckerberg e seus colegas, quais eram os planos? O fato é que a invenção da rede social não foi uma decisão preciptada. O site Business Insider teve acesso a uma das conversas entre Zuckerberg e seu até então melhor amigo, Adam D'Angelo, durante o ano de 2003, quando os planos para fundar oFacebook ainda estavam apenas na mente e nos sonhos do jovem prodígio.

Devido a uma ação judicial entre os dois, essas mensagens instantâneas foram mantidas em sigilo. Em uma delas, Mark Zuckerberg, que na época tinha 19 anos, comenta com D'Angelo, que mais tarde se tornaria o diretor técnico do Facebook e, posteriormente, o cofundador do Quora (uma página de perguntas e respostas), sobre uma ideia para revolucionar o conceito de "sites de namoro" e como eles seriam a partir do projeto de Zuckerberg. Ao que parece, o fundador da maior rede social do mundo estava preocupado. Acompanhe.

Zuckerberg: Então você sabe como eu estou fazendo esse site de namoro.
Zuckerberg: Me pergunto o quanto essa ideia é parecida com o Facebook.
Zuckerberg: Porque ambos serão lançados ao mesmo tempo, provavelmente.
Zuckerberg: A menos que eu ferre mais o pessoal do site de namoro e saia do grupo antes de dizer o que fiz.
D'Angelo: haha
Zuckerberg: Eu não acho que as pessoas se inscreveriam para o Facebook se fosse para procurarem um namoro
Zuckerberg: e acho que as pessoas não são muito receptivas quanto a juntar o lance dos namoros também.
Zuckerberg: Gostaria de saber qual é a solução ideal.
Zuckerberg: Eu acho que o Facebook, por si só, atrairia muitas pessoas, a menos que fosse lançado ao mesmo tempo que o site de relacionamentos.
Zuckerberg: No caso, as duas coisas se anulariam mutuamente e nada ganharíamos. Alguma ideia? Como uma boa maneira de consolidar os dois.
D'Angelo: Poderíamos fazê-lo em uma rede, como um Friendster. haha. [A Universidade] Stanford tem algo assim, internamente.
Zuckerberg: Bem, eu estava pensando em fazer isso com o Facebook. A única coisa diferente da deles é que você pode solicitar relacionamentos com pessoas ou conexões com o Facebook sem a necessidade de ser via um sistema.
D'Angelo: Sim.
Zuckerberg: Eu também não gosto do fato de que estou fazendo isso com a ajuda de outras pessoas haha. Como eu odeio trabalhar dependendo de outras pessoas. Sinto que a coisa certa a fazer é terminar o Facebook e esperar até o último dia, antes de ter todas as suas coisas prontas. Em seguida, ser como "olha, o seu não é tão bom como este, então se você quer se juntar a minha rede você pode ... de outra forma eu posso te ajudar com o seu site mais tarde." Ou você acha que é muito pesado?
D'Angelo: Acho que você deve apenas ignorá-los.
Zuckerberg: O fato é que eles têm um programador que poderia terminar o projeto e eles têm dinheiro para derramar em publicidade e outras coisas. Mas espera, eu tenho muito dinheiro. Meu amigo [Eduardo Saverin] quer patrocinar essa ideia, e vai ser a cabeça da sociedade de investimento. Aparentemente, esconder a negociação de valores não é ilegal no Brasil, e por isso ele é rico. LOL
D'Angelo: LOL

O Business Insider aponta duas vertentes para esta conversa. A primeira diz respeito ao que parece ser o momento em que Zuckerberg decide não trabalhar para terceiros, e levantar fundos, por sua conta e risco, para construir o que se tornaria o Facebook. Já a segunda é D'Angelo, que sugere fazer uma rede semelhante ao Friendster.

Meses depois após essas mensagens, Mark Zuckerberg, com a ajuda de Dustin Moskovitz e Eduardo Saverin, seus amigos em Harvard, construíram oFacebook - que na época era chamado "The Facebook" -, e viram o protótipo de rede social crescer rapidamente.

Alguns meses depois, Zuckerberg e seus amigos se mudaram para a Califórnia e começaram a trabalhar em tempo integral no Facebook. Ao final de julho, o site alcançou a marca de 1 milhão de usuários, com apenas sete meses após o lançamento.

Contudo, apesar do sucesso inicial, uma conversa online entre Mark e uma pessoa não identificada, em 26 de julho de 2004, colocou em debate quem pagaria as contas legais caso o Facebook viesse a ser processado. Além disso, o site não era a principal prioridade de Zuckerberg no momento.

Confidente: Bem, você deve reaver as ações.
Zuckerberg: Eu não vou pagar os honorários de advogados.
Zuckerberg: A empresa é quem paga haha
Confidente: Legal. Espero que isso aconteça em breve, assim você pode seguir em frente e trabalhar apenas com o que você quiser
Zuckerberg: Bem, só é preciso impulsionar o Wirehog
Confidente: Então você tem obtido respostas sobre ele?
Zuckerberg: Respostas de quem?
Zuckerberg: Outros sistemas de controle de versão [VCs, na sigla em inglês]. Ainda falando com Google e Friendster.

Quanto a essa conversa, o Business Insider afirma que Zuckerberg não tinha certeza se iria continuar com o Facebook, levando em consideração que o jovem queria "impulsionar o Wirehog", que desde então é descrito como um serviço de compartilhamento de arquivos. O Google é citado porque, na época, rumores davam conta de que a empresa compraria o Facebook, provavelmente por um preço de, aproximadamente, US$ 100 milhões de dólares.

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