twitcam

campus party 2016

windows 10

4G

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Perfil: conheça a trajetória da Amazon, a gigante do varejo eletrônico


Amazon (Reprodução)
Amazon
As histórias de sucesso dentro da web têm algo em comum: elas iniciaram em um período em que quase ninguém tinha internet ou sabia que esta ferramenta se tornaria o epicentro do mundo. Com a Amazon não foi diferente. Em julho de 1994, quando Jeff Bezos resolveu abrir seu negócio, a ideia era audaciosa: o empresário queria vender livros pela internet.

Jeff abandonou seu emprego em uma grande empresa de Wall Street e iniciou o projeto da Amazon.com no caminho de uma mudança, de Nova York para Seattle. Ele já havia estudado sobre os hábitos de compras via correio dos norte-americanos e descobriu que a venda de músicas e livros pela web seriam duas boas opções. Como o mercado fonográfico era bastante fechado, ele optou pelos livros. Além disso, Entre suas pesquisas, o empresário também descobriu que as livrarias poderiam ter milhares de livros, mas somente conseguiriam expor cerca de 3 milhões de títulos, portanto, um catálogo digital seria a solução.

Um ano depois, o fundador colocava o site no ar. Durante os primeiros dias, Bezos atendeu a pedidos de clientes direto de sua garagem. Ele alugou uma casa por US$ 890 por mês e tinha o espaço ideal para empacotar os livros. No entanto, após um tempo, o espaço estava se tornando pequeno demais para a alta demanda e Jeff teve que mudar a Amazon para um espaço de 1.100 metros quadrados, que podia armazenar algumas centenas de livros.

Graças aos descontos oferecidos de 10% a 30%, o negócio já deslanchava. A campainha, que tocava cada vez que um pedido era lançado no site, logo se tornou insuportável e o programador teve de desligá-la. O sucesso dos primeiros dias de atividades foi tanto que Jerry Yang, co-fundador do Yahoo!, ligou para Bezos sugerindo que eles colocassem o Amazon.com em uma das páginas do portal. O empresário aceitou o convite e após entrarem na lista dos sites mais legais do momento, as vendas da Amazon triplicaram.

No final da semana de estreia, a Amazon.com já tinha US$ 12 mil em encomendas de livros e na semana seguinte foram mais US$ 15 mil de encomendas. Em entrevista para o Wall Street Journal, Jeff lembrou que durante as primeiras semanas todos os funcionários trabalhavam até às 3h para empacotar e endereçar os pedidos. Como a casa ainda não tinha mesa, o pessoal permanecia de joelhos durante horas fazendo os pacotes. O fundador até pensou em comprar joelheiras, mas um de seus funcionários sugeriu que ele comprasse mesas. “Na hora eu pensei que essa era a ideia mais brilhante que já tinha ouvido na minha vida”, brincou.

No fim do primeiro ano, a empresa teve seu primeiro grande pedido de 100 livros. O sucesso tinha sido conquistado pelo boca a boca, já que a companhia não tinha investido quase nada em publicidade. A única ação da Amazon era alguns cartazes espalhados pela Barnes & Noble que dizia: "Não encontrou o livro que procurava?" juntamente com o endereço do site.

Em 1999, a companhia já contava com 500 empacotadores que passavam o dia embrulhando os pedidos e respondendo as questões dos clientes. Os funcionários ganhavam US$ 10 a US$ 13 por hora. O profissional que mais rendia conseguia responder 12 emails por minuto e os que tinham um número muito abaixo disso eram mandados embora. Para incentivar os funcionários, Jeff iniciou uma competição entre os empregados para ver quem respondia mais emails. Naquela semana, o pessoal chegou a trabalhar 12 horas por dia. Cada um recebeu US$ 200 de bônus a cada 100 mensagens respondidas.

Uma das ferramentas que contribuiu para o sucesso do site era a resenha eletrônica, que permitia que os próprios clientes expusessem sua opinião sobre os livros. Algumas pessoas acharam a ideia estranha, mas o empresário acreditava que, apesar dos feedbacks negativos, eles conseguiriam vender mais livros a partir do momento que ajudassem os clientes nas decisões de compras.

A forma como Bezos administrava a companhia era bastante peculiar e não agradava a todos. Ele queria uma empresa descentralizada e até desorganizada, onde as ideias individuais prevalecessem. Ele instituiu o conceito do "time de duas pizzas", que determinava que um grupo ou departamento não poderia ser tão pequeno a ponto de ser alimentado apenas por duas pizzas.

Além disso, o fundador era bastante preocupado com os feedbacks. Certa vez uma mulher mais velha enviou um email à companhia reclamando do pacote. Ela disse que precisou pedir ajuda de seu sobrinho para abrir o embrulho. Quando Jeff soube disso, mandou redesenhar os pacotes imediatamente para tornar a abertura mais fácil.

Frequentemente, o empresário também criava novas ferramentas para o site para facilitar a compra e a busca por livros, especialmente os títulos mais estranhos. Um dos recursos, chamado de "1 clique", foi patenteado e permitia que os clientes comprassem livros em apenas um clique.

Em 1996, a Amazon abriu um IPO e em 2001 aumentou o leque de opções, passando a oferecer eletrônicos, artigos esportivos, roupas e até jóias. Três anos depois, a companhia comemorava a venda de 108 milhões de itens durante a temporada de férias. Já em 2006, Jeff lançou uma prévia da loja de músicas, que rendeu, no quarto trimestre, um aumento de 42% nas vendas do site.

No ano seguinte, a companhia dá mais um salto rumo ao sucesso. Em novembro de 2007, a Amazon anunciou seu leitor de e-books, o Kindle. As vendas do dispositivo foram duas vezes acima do esperado e, por isso, em fevereiro de 2009, a empresa apresentou o Kindle 2. Neste meio tempo, a Amazon ainda lançou um serviço de streaming de video-on-demand de filmes e séries de TV com 40 mil títulos de filmes disponíveis para o mercado norte-americano.

Com o Kindle, em 2010, o lucro da companhia aumentou 71% e suas ações subiram. A contribuição do e-reader à empresa foi enorme e a Amazon decidiu lançar mais modelos do dispositivo. Em setembro de 2011 foram apresentados o Kindle Fire, Kindle Touch e o tradicional Kindle. Um dos últimos anúncios da empresa afirmou que a Amazon está se preparando para lançar e-books no Brasil. A varejista norte-americana contratou Mauro Widman, um engenheiro que vai desenvolver a plataforma de livros digitais numa versão em português.

Conheça a história de outras gigantes da web! A trajetória do Buscapé e doeBay também já foram contadas por nós.

Nenhum comentário:

Postar um comentário