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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Trajetória: a importância de Sam Palmisano, ex-CEO da IBM, para o crescimento da empresa


Reprodução
Sam Palmisano
Se existe algum CEO que tenha deixado seu cargo com um enorme sorriso de satisfação pessoal, essa pessoa é Samuel J. Palmisano, da IBM. Ele, que deixou seu cargo de presidente executivo em dezembro de 2011 e hoje apenas ocupa uma posição de liderança no conselho administrativo da empresa, sai de cena com a IBM contabilizando 21% de crescimento em relação a 2010, além de um valor de mercado de US$ 218 bilhões.

A trajetória desse executivo é digna de exibição pelo que ela pode ensinar a empresários de qualquer categoria nos tempos atuais. Quando Palmisano assumiu o cargo de CEO da IBM, em março de 2002, a empresa tinha um modelo hierárquico antiquado, baseado na estrutura do "chefe manda, operário trabalha". Vendo que esse tipo de governança não funcionaria nos tempos atuais, Palmisano instituiu uma mudança radical na forma como os funcionários da IBM trabalhavam: ao invés de exigir as obrigações de cada um, o executivo optou por criar um ambiente que incentivasse a colaboração de todos, com ideias a serem ouvidas pelos executivos e cuidadosamente ponderadas e creditadas.

Disso, saiu a política que a IBM emprega até hoje: entregar produtos que são cuidadosamente projetados para atender à necessidade de seus consumidores. Com isso, Palmisano mudou o regime, onde as células da empresa em outros países operavam de forma independente e competiam entre si ao invés de trabalharem em conjunto. Desta forma, os 440 mil empregados espalhados por mais de 170 países puderam aprimorar a experiência de usuários em todos os ramos da empresa: hardware, software e propriedade intelectual.

Depois disso, Palmisano decidiu dissolver os comitês executivos locais, que chefiavam os braços da IBM ao redor do globo, e convocou todos os funcionários para uma conferência interativa que durou 72 horas. Nestes três dias, foram criados os conceitos que levaram a IBM a recuperar o tamanho pelo qual a conhecemos hoje:

Humildade e abertura: ouvir empregados e conversar com consumidores eram duas atividades que ocupavam boa parte da agenda do CEO. O intuito era o de ganhar a confiança de eventuais fornecedores e pessoal terceirizado que, antes, recusavam-se a trabalhar com a marca IBM.

Paciência e visão de longo prazo: Palmisano não era muito fã de favorecimentos a acionistas, por acreditar que os benefícios que vinham deles eram de curto prazo. Ao invés disso, o executivo preferia construir longos relacionamentos com os outros setores da IBM e apostando suas fichas Reproduçãoem projetos que poderiam conferir pequeno crescimento agora, mas que teriam enormes frutos em uma ou duas décadas.

Seja direto: As reuniões de orçamento e definição de verbas na IBM costumavam durar um bimestre inteiro. Palmisano reduziu isso para seis dias. Além disso, ele abandonou a norma de avaliações formais de funcionários, trocando-as por eventuais conversas de corredor, focadas em iniciativas mais urgentes e concentradas.

Pragmatismo: Quando o governo dos Estados Unidos cortou incentivos trabalhistas a cidadãos estrangeiros, diversos empregados de origem indiana da IBM foram forçados a voltar para sua terra natal. Palmisano compensou essa perda movendo a divisão de software da IBM quase em sua totalidade para a Índia, onde a mão de obra disponível aumentou de 3 mil para 100 mil empregados. Isso, aliado à política de produção globalizada e colaborativa, permitiu à empresa manter-se lucrativa enquanto outras gigantes como Microsoft e Cisco começaram a dar prejuízo.

Palmisano levou a IBM de volta ao topo do mercado tecnológico, centralizando seus produtos na necessidade do consumidor e mudando as políticas trabalhistas da empresa para que sua sucessora, Virginia Rometty, assumisse a companhia já com uma enorme vantagem

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