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quinta-feira, 22 de março de 2012

Compradores compulsivos: o que fazer com os eletrônicos de versões anteriores?



Gadgets
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Há cerca de cinco anos, quando Steve Jobs mostrou ao mundo o primeiro iPhone, os usuários de tecnologia mudaram a forma de se relacionar com os aparelhos. A primeira geração do smartphone reuniu uma legião de fãs que, desde então, vem acompanhando os lançamentos da fabricante. Muitos não só acompanham como fazem questão de adquirir cada um dos produtos e estar sempre em dia com as novidades. Para eles, permanecer com um produto da Apple obsoleto é praticamente uma ofensa, já que todos os anos, desde 2007, a companhia traz funcionalidades e recursos novos em seus aparelhos.

Esta cultura do "early adopter" (pessoa que adota as tecnologias antes da massa) não está somente vinculada à Apple, claro. Mas, quando se pensa em fãs fieis é quase impossível desassociar os applemaníacos deste conceito. Afinal, os número mostram que a empresa está sempre quebrando seus próprios recordes de vendas. A cada novo gadget lançado, há também um novo número impressionante de unidades comercializadas, isso sem falar nas filas quilômetricas em frente às lojas. O Novo iPad, por exemplo, o último lançamento da companhia, vendeu quase três vezes mais em seu final de semana de estreia do que o modelo anterior. E o iPhone 4S, mesmo tendo sido um balde de água fria para alguns fãs que aguardavam o iPhone 5, vendeu 4 milhões de unidades em seu primeiro final de semana.

O gerente de mídias online, Silvio Martins, é um desses "heavy users" (usuários assíduos da marca) da Apple. Ele tem cerca de cinco modelos de iPods, dois iPhones, Apple TV, MacBook, iMac e a Time Capsule. O primeiro iPhone agora está com o seu filho de seis anos, que brinca com aplicativos e fotos. Já o iPhone 4 está com a sua mulher, que acabou ganhando o presente depois que ele decidiu testar uma nova fabricante. Esta mudança, aliás, acabou deixando Silvio um pouco saudoso. Ele decidiu comprar um HTC Ultimate com Windows Phone Mango, depois que viu o aparelho nas mãos de um amigo e descobriu um aplicativo com integração com Xbox. Além disso, ele queria unir as plataformas do smartphone e do seu trabalho. Mas, ele confessa que os aplicativos do iOS estão fazendo falta e que até compraria outro iPhone para tê-los novamente. O que ele faria com o aparelho antigo? Bom, segundo Silvio, daria para alguém, como já fez algumas vezes, ou, usaria para outras finalidades, assim como aconteceu com os antigos iPods.

"Os MP3 velhos servem mesmo para 'quebrar o galho'. Se eu vou para a academia, andar de bicicleta ou algum lugar que corro o perigo de perder ou quebrar, eu uso os antigos", conta. "Mas, meu iPod do momento é o remake do Classic de 160 GB, que comprei há pouco tempo. Nele eu consigo carregar toda minha discoteca e posso conectar no carro ou levar pra viagens", completa.

O applemaníaco achou funcionalidades para os antigos aparelhos, o que não o fez se sentir mal ao comprar os novos. Porém, ele conta que, antigamente, nem pensava duas vezes antes de entrar na loja. Segundo o gerente, agora ele avalia a funcionalidade e praticidade do aparelho antes de sair comprando e abandonando os antigos. "Eu sempre descartava o antigo na hora. Hoje, eu penso mais. O iPad 2, por exemplo, achei que não valeria a pena comprar, mas o novo iPad eu vou ter. Pedi para um amigo trazer dos Estados Unidos", diz. "Mesmo assim, não tenho muito apego com os equipamentos. Eu passo pra frente numa boa, tirando meu primeiro computador, que guardo até hoje", conclui.
Outro applemaníaco que não consegue se desvencilhar da marca e até já virou referência no trabalho quando o assunto é Apple é o Marcelo Andrioti, gestor de canais da Totvs. Em casa, ele tem dois MacBooks Air, dois iPads, dois iPhones, três iPods, além de teclados e cabos da fabricante. Porém, diferente de Silvio, o gestor acaba vendendo seus antigos aparelhos para adquirir novos. O iPad 1 deu lugar ao dois, o dois dará lugar ao Novo iPad e alguns outros produtos acabaram caindo nas mãos do filho de 10 anos, que também é apaixonado pela marca e por tecnologia. "O MacBook Air de 13 polegadas eu uso no trabalho e deixo o de 11 polegadas em casa, para meu filho fazer trabalhos daescola e brincar. Já o iPad eu comprei duas unidades, uma para mim e outra para ele, mas, quando lançaram a segunda geração, eu vendi o meu antigo e comprei o novo", comenta.

Marcelo conta que, às vezes, acaba comprando os produtos sem antes avaliar o que será feito com o antigo, mas, na maioria das vezes, ele viabiliza primeiro o que fará com o modelo anterior para, então, adquirir a novidade. "Eu nunca tive dificuldade de vender e até já influenciei muitas pessoas a aderirem à Apple. Eu me baseio no preço do mercado e acabo fazendo negócios com alguma pessoa do meu convívio. Quando isso não acontece é porque eu repassei o equipamento para alguém de casa, que também vai dar uma utilidade para aquilo", ressalta.

O motivo para tanta troca é simples. Marcelo é daqueles usuários que extraem ao máximo as funcionalidades dos aparelhos e acaba querendo sempre mais. Então, quando surgem novidades, ele acaba encontrando novas possibilidades e não resiste. "Se eu encontro novos benefícios, eu compro. Tem um lado de vaidade sim, até porque as próprias pessoas me cobram estar sempre à frente, já que sou bastante ligado à marca, mas acho que tem que ter critério. Eu sempre avalio os prós e contras. Tem que analisar o lado financeiro também, porque tem que se tratar de um bom negócio", conclui.

Além dos applemaníacos, há ainda aqueles usuários que não se focam em uma única marca, mas gostam de estar sempre à frente das novidades eletrônicas. É o caso da engenheira civil Flávia Arranz, que trocou um Sony Vaio novinho por um MacBook. Ela queria muito conhecer o sistema da Apple, que tanto falavam, e ter um notebook da marca. "Sempre tive curiosidade de ter um, aí pude comprar lá fora por um preço melhor e não resisti. Nem pensei o que faria com o computador antigo, mas agora penso em vender ou repassar pra minha mãe, como fiz com outros equipamentos", conta.

Com o iPhone não foi muito diferente. Ela trocou o 3GS por um 4, porque achou as funcionalidades muito melhores. Ela pensava em vender, mas, assim que conseguiu o aparelho, o seu antigo foi roubado.

"Foi super difícil conseguir o 4 porque, na época, o smartphone estava em falta. Liguei tantas vezes na operadora que eles registraram meu pedido 16 vezes. No fim, acharam que eu queria comprar 16 aparelhos quando, na verdade, só estava atrás de um", lembra. Agora, a engenheira tem um iPad 2 e usa somente o MacBook, mas pensa em trocar o tablet por um modelo mais novo e vender o antigo. "Eu avalio tanto o design novo como as funcionalidades, mas também tem aquela ponta de vontade de ter o aparelho do momento", conclui.

Como estes consumidores existem muitos. Há quem ache esta busca pelo novo algo exagerado, mas existem aqueles que acreditam que a troca constante movimenta o mercado e dá oportunidade para que outras pessoas comprem os aparelhos usados por preços menores. Roberta Tavarez, secretária executiva, conseguiu realizar seu sonho de ter um smartphone quando seu colega de trabalho vendeu um Galaxy S usado por um preço bem mais em conta. "Gostei tanto que agora estou juntando dinheiro para comprar um tablet. Vou procurar por alguém que queira se desfazer de um modelo antigo", diz.

Quer contribuir com a matéria? Diga nos comentários o que você fez com seus gadgets antigos e o que te faz comprar produtos novos.
Lançamentos

Fizemos uma retrospectiva para ter uma ideia de quantos gagdets já foram lançados nos últimos cinco anos. A lista é extensa e está cheia de produtos que revolucionaram o mercado e o modo como os consumidores se relacionam com os aparelhos. Se antes alguns equipamentos serviam apenas para facilitar a vida dos usuários, hoje eles são como acessórios de moda, que precisam ser substituídos sempre que um novo modelo chega às lojas.

2007
iPhone
Kindle
LG Prada
HTC Touch
Samsung Serenata
Android
Mac OS X Leopard
Asus Eee PC (primeiro netbook do mercado)
iPod Touch 1ª geração
Apple TV

2008
iPhone 3G
HTC G1 (primeiro celular com Android)
Semp Toshiba CTV41
Samsung V820L
MacBook Air
Consolidação do Blu-ray e venda crescente do aparelho em todo o mundo
Windows 7

2009
iPhone 3G S
Dell Mini 3
Acer A1
LG Chocolate
Samsung Jet
HTC Hero
Sony Ericsson Yari (3G e câmera de 5 megapixels)
HTC Nexus One

2010
iPhone 4
iPad
TV 3D
Kindle DX (9 polegadas)
Kindle 3G
Samsung Galaxy S
Samsung Galaxy Tab
Sony com Google TV

2011
iPad 2
iPhone 4S
Kindle Fire
Kindle Touch
Kindle Touch 3G
Samsung Galaxy Note
Samsung Galaxy Prime
Samsung Galaxy S II
Motorola Zoom
Nokia Lumia 710 e 800
HTC Ultimate (primeiro smartphone com Windows Phone Mango)
Asus UX21 (primeiro Ultrabook do mercado)
Xperia Play
Motorola Droid Razr
Mac OX S Lion

2012 (por enquanto...)
Novo iPad

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