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sábado, 30 de junho de 2012

Amazon começa suas operações no Brasil até o fim de 2012


Amazon
A Amazon.com planeja abrir sua loja digital de livros no Brasil no quarto trimestre de 2012, buscando obter uma fatia no mercado online de rápido crescimento do país que inspirou o nome da empresa. O grupo de comércio eletrônico norte-americano quer conquistar um espaço na maior economia da América Latina com seu tablet, o Kindle, e um catálogo de livros digitais (ebooks) em português, disseram representantes de editoras locais e uma fonte da indústria à Reuters.

A abordagem totalmente digital permitirá que a Amazon minimize os riscos que uma estreia de maiores proporções implicaria num país com problemas notórios de infraestrutura e um sistema tributário complexo e custoso. A empresa ainda terá de enfrentar uma desaceleração do crescimento econômico do Brasil, que ameaça arrefecer o consumo.

"O Brasil seria o primeiro país em que a Amazon entra apenas com produtos digitais, e essa decisão foi tomada por motivos logísticos e dificuldades tributárias. Mas o objetivo é ter uma opção de varejo completa", disse a fonte da indústria, que falou sob condição de anonimato.

Representantes de duas editoras locais disseram à Reuters que suas empresas têm feito encontros e videoconferências nos meses recentes para negociar contratos com o responsável por conteúdo do Kindle, Pedro Huerta. "Eles nos disseram que o plano é iniciar entre outubro e novembro", disse um dos representantes. O porta-voz da Amazon Craig Berman recusou comentar o assunto.

Considerada a maior varejista online do mundo, a Amazon é a mais recente empresa norte-americana a buscar uma fatia do mercado de comércio via Internet brasileiro de 10,5 bilhões de dólares. Espera-se que o segmento cresça 25% neste ano, impulsionado pela crescente classe média do país. Outras companhias incluem a de serviços de filmes Netflix e a de aluguel de casas AirBnB. Essa seria a mais recente incursão da Amazon em mercados emergentes, após ingressar na China em 2004 e na Índia mais cedo neste ano.

Para o diretor da empresa de pesquisa eBit, com sede em São Paulo, Pedro Guasti, o mercado brasileiro online só atingiu agora proporções suficientes para representar algum interesse à Amazon. "Neste ano, devemos atingir 12 bilhões de dólares em vendas online, um nível que justifica a sua entrada. Se eles esperarem muito mais, o custo se tornará muito alto", disse.



Kindle no Brasil

A Amazon acredita que conseguirá dominar o mercado de e-books do Brasil com seu dispositivo de leitura, o Kindle, impulsionando as vendas de livros virtuais para 15% do mercado editorial no primeiro ano de operações. Além disso, a empresa espera controlar 90% do mercado de e-books no Brasil, parcialmente porque muitos brasileiros já baixam conteúdo de seu site utilizando dispositivos de leitura comprados no exterior. Hoje, a população nacional responde por 1% do tráfego mundial nos sites da Amazon.

Para adquirir fatia de mercado rapidamente no Brasil, a Amazon provavelmente venderá o Kindle a um preço de R$ 500 reais - três vezes mais caro que nos Estados Unidos, mas abaixo de produtos rivais no mercado brasileiro.

A estratégia de priorizar market share e não lucro tem sido adotada pela Amazon em outros mercados, levantando críticas à habilidade de a companhia obter retorno de seus investimentos no longo prazo. A Amazon já assinou contrato com cerca de 30 editoras brasileiras e está correndo para estabelecer um portfólio de cerca de 10 mil e-books até a temporada de vendas no Natal.

Uma editora envolvida nas negociações disse que a companhia planeja vender seus e-books a cerca de 70% do preço de capa. "As receitas para nós serão insignificantes, mas nós vemos essa possibilidade como um canal importante para promover nossos produtos e vender mais livros físicos", disse a editora, que pediu para não ser identificada porque as negociações com a Amazon ainda estão em andamento.

Uma distribuidora disse que a Barnes & Nobles já estabeleceu contato com editoras brasileiras a respeito de seu dispositivo de leitura digital, o Nook. Uma porta-voz da companhia disse que há planos de expansão internacional, mas não fez comentários específicos sobre o Brasil.

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