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A RIM pode ficar sem reservas de caixa e quebrar mesmo com o lançamento da novo BlackBerry 10, adiado para o começo do próximo ano, afirmaram analistas de Wall Street.
Segundo a Reuters, pelo menos dez corretoras reduziram o preço-alvo das ações da empresa, algumas em até 50%, um dia após a fabricante divulgar os resultados trimestrais inferiores aos esperados e adiar a nova geração de aparelhos. As ações da RIM chegaram a cair 16% na pré-abertura da Nasdaq.
"Se a RIM continuar a ser administrada desta forma, poderá quebrar", afirmou a Nomura Equity Research. "Não achamos que a RIM consigará se recuperar financeiramente, mesmo com o lançamento do BlackBerry 10 no ano que vem", afirmou a corretora em nota, prevendo que a companhia acabará até 2020 como resultado de um declínio gradual.
Os analistas do Citi Investment Research e do Jefferies reduziram o preço-alvo das ações da RIM nos Estados Unidos para US$ 5, queda de 45% ante o fechamento na quinta-feira (28/07).
"Acreditamos que a situação continuará a piorar e que a RIM terá que levantar capital dentro de dois anos, o que implica que, se estivermos certos, com o tempo o valor da companhia continuará a cair", afirmaram os analistas do Citi.
A RIM demitirá 5 mil funcionários, quase 30% da sua força de trabalho para cortar custos, mas alguns analistas ressaltaram que isso implicará em custo adicional no curto prazo.
O Citi acha que a empresa deveria estar contratando, e não demitindo, para cumprir os cronogramas de lançamento. "Com essas grandes demissões, será difícil reter e motivar funcionários para o desenvolvimento de produtos", afirmou.
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