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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Aposte na tecnologia

Aposte na tecnologia\"Rua
A impressora para a resma: «É impressão minha ou o papel é teu?»

O que ninguém contesta é o importante papel da informática nos dias que correm. Embora ainda haja quem se dirija a uma retrosaria para comprar cortinas para o computador, alegando que tem o sistema Windows, a alfabetização informática constitui uma preocupação de diversas entidades, por várias razões.

Apesar de bastante disseminada e tendencialmente mais barata, a informática ainda não está ao alcance de todos. Há quem avance razões de ordem sócio-económica, de localização geográfica e ainda de natureza cultural e subjectiva (o facto de o sexo feminino parecer menos predisposto para as novas tecnologias, a atracção ou repulsa pelas máquinas, …).

Numa perspectiva de colmatar lacunas que podem apresentar-se como limitativas e até discriminatórias, há organismos empenhados em investir na formação de jovens em risco como agentes de transformação social. Isto pode ser, efectivamente, o ponto de partida para a melhoria da qualidade de vida de populações de baixos rendimentos económicos e parcos níveis culturais. Trata-se de desenvolver competências, pondo a inclusão digital ao serviço da inclusão social. Normalmente, estes jovens são artesãos e vão aprender a fazer cartazes e folders para a divulgação das suas produções artísticas. O objectivo primordial é transmitir conhecimento na área da informática, introduzindo os alunos no mundo das ferramentas digitais e proporcionando condições para que eles possam seleccionar as informações que lhes interessam no vasto universo de dados com que se deparam na Internet. Após o curso básico, existem opções com vista à profissionalização, como o curso de webdesign e montagem e administração de rede. Uma vez que estes cursos garantem qualificação, criam oportunidades no mercado de trabalho.

A forma prática como se abordam estas questões relega para segundo plano a teoria do enquadramento sociológico da Revolução Informática, deixando cair pessimismos humanistas e optimismos tecnocráticos. A avaliação do fenómeno informático faz-se, sob este prisma, recorrendo às evidências do que ele contribui para o futuro destes indivíduos e da comunidade que integram. Distinta da Revolução Industrial, a das informações transmite-se pelas mãos das pessoas. A inteligência artificial concede ao computador rudimentar poderes de visão, audição e senso comum.

Do ponto de vista sociológico, a análise da Revolução Informática leva a uma crítica severa dos determinismos alicerçados em preconceitos de superioridade tecnológica, assim como da ideia de que a revolução se processa de igual modo em todo o lado, independentemente das técnicas e da sociedade estabelecida, omitindo características, História e personalidade. Bom senso é o que não reina por tais mentes…

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