Mas, apesar de certa antecipação sobre o novo serviço, o 4G não deve ser prioridade para as operadoras no curto e médio prazos, segundo a agência de notícias Reuters. As operadoras estão levando em conta o alto preço dos aparelhos com tecnologia LTE e o potencial ainda inexplorado de expansão do 3G no país.
Em entrevista durante o Reuters Latin American Investment Summit, na semana passada, o presidente da Oi, Francisco Valim, afirmou que o 3G ainda terá um longo caminho pela frente. "Você não vai parar de investir em 3G. Agora é que está acontecendo a migração para o smartphone e o 3G ainda tem uma onda grande para surfar. A partir daí virá a onda do 4G", afirmou.
Esse cenário se aplica a todas operadoras no Brasil atualmente, que investiram bilhões de reais em suas redes de 3G e têm apurado forte crescimento nesse segmento nos últimos trimestres. Para o presidente da Teleco, o principal inibidor do 4G num primeiro momento serão os aparelhos, já que os dispositivos para a nova tecnologia carecem da escala de produção dos smartphones 3G atuais, os quais já podem ser encontrados com preços inferiores a 400 reais.
Também é preciso levar em conta que dos 253 milhões de acessos móveis (1,3 por habitante) apenas pouco mais de 54 milhões eram de 3G, cerca de 21 por cento do total, segundo dados de abril da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
"Prevemos que o segmento móvel continue se expandindo nos próximos meses devido à intensa atividade comercial realizada pelas operadoras e os investimentos em novas tecnologias e infraestrutura", afirmou a equipe de análise do Banco Espírito Santo.
Segundo documento da GSMA - associação que representa diversas operadoras de telefonia móvel em todo o mundo -, a banda larga móvel alcançará 310 milhões de acessos na América Latina em 2015, contra cerca de 60 milhões no ano passado.
Já o relatório da Ericsson afirma que cerca de 85% da população mundial contará com cobertura de internet móvel 3G até 2017 e, neste mesmo período, 50% usará internet 4G.
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